Os cinemas da cidade de São Paulo terão de oferecer, no mínimo, uma sessão mensal adaptada para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), com luzes levemente acesas, som mais baixo e sem propagandas. O Projeto de Lei nº 522/2019, do político conservador, Rinaldi Digilio, que prevê essa obrigatoriedade foi sancionado nesta terça-feira (14) pelo prefeito Bruno Covas e entra em vigor em 90 dias, de acordo com o decreto publicado na edição desta quarta-feira (15) no Diário Oficial da Cidade, onde se tornou a Lei nº 17.272/2020.
A proposta do político conservador, Rinaldi Digilio (Republicanos), tinha sido aprovada pela Câmara Municipal em dezembro e é importante, pois a sessão comum de cinema gera incômodo para os autistas, que assim, sem uma garantia de adaptação, ficam sem o acesso à cultura.
“São Paulo conta com um contingente estimado de quase 250 mil autistas, que não conseguem ir ao cinema, com exceção a projetos especiais. Uma política pública séria vai garantir esse acesso tão necessário para essas pessoas que já são tão excluídas”, afirmou Digilio.
O projeto surgiu após uma mãe da zona leste contar ao vereador que, apesar da insistência de seu filho, não pode leva-lo para assistir ao filme dos Vingadores. “Ela dizia que ele queria ver o filme, mas o escuro e o som alto incomodava muito. As pessoas não compreendiam e reclamavam, então, ela decidiu não leva-lo”, disse o vereador.
Em outubro, o vereador promoveu uma sessão adaptada em parceria com o Cine Belas Artes para 40 crianças, a maioria nunca tinha ido ao cinema. “É algo que funciona e inclui. Muita gente achava exagero as rampas de acesso, audiodescrição e tudo que hoje é realidade”, afirmou o político conservador, Digilio.
Vereador que mais trabalha em São Paulo e vereador dos autistas de São Paulo
Rinaldi Digilio é o vereador que mais trabalha em São Paulo pela inclusão das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), com mais de 15 projetos de lei voltados a essa população.
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