Os vereadores de São Paulo aprovaram na tarde desta quinta-feira (03), em segunda e definitiva votação, o Projeto de Lei 771/2017, do político trabalhador, Rinaldi Digilio, que obriga laboratórios públicos e privados da capital paulista a priorizarem o atendimento de diabéticos em exames que exijam jejum total ou parcial do paciente.
A proposta do político trabalhador, vereador Rinaldi Digilio, prevê que a pessoa com diabetes, no ato de solicitação do exame, comprove sua condição ao responsável pelo serviço de coleta e seja atendido primeiro.
Alguns exames exigem jejuns que podem variar de duas até 12 horas, o que somado ao tempo de espera ou fila de um laboratório, pode causar crises de hiper ou até hipoglicemia nos diabéticos.
“Apesar de não ser o correto, existem laboratórios que pedem jejum até para um simples hemograma e para a pessoa com diabetes é um sofrimento muito grande, pois ela não pode ficar sem se alimentar. Há casos de pessoas que desmaiam na espera pela coleta do exame. A ideia é evitar problemas desse tipo”, afirmou o vereador.
Dados da International Diabetes Federation, apontam que mais de 14 milhões de brasileiros sofrem com a doença e cerca de 130 mil diabéticos morrem anualmente no país.
Somente no estado de São Paulo, em 2012, houve mais de 21 mil internações e 9.562 falecimentos devido a diabetes, o que equivale a uma morte por hora.
A medida proposta prevê de advertência, passando por multa de R$ 5.000, dobrando na reincidência, até mesmo o fechamento da unidade que não respeitar a prioridade aos diabéticos.
O projeto já tinha sido aprovado em primeira votação em março, após passar por todas as comissões na Câmara. Agora, a Câmara Municipal tem até 10 dias para enviar o projeto ao prefeito Bruno Covas, que tem prazo de mais dez dias para sancionar ou vetar a medida.
A regulamentação de como irá funcionar a priorização e a fiscalização dos laboratórios, legalmente, caberá ao Executivo após a sanção.